Iniciação Científica e seus frutos

segunda-feira, 13 de outubro de 2014 | 15:11 | Por Comente!
Nesse ano de 2014, quando estava cursando o 5º período do curso, me inscrevi e consegui vaga na extensão acadêmica de Iniciação Científica (I.C.), para aprender a fazer pesquisas e escrever artigos científicos. Foi meu primeiro trabalho ligado à pesquisa científica e pela experiência, recomendo a todos os estudantes de graduação procurarem se informar melhor em suas faculdades sobre os programas de extensão oferecidos, tanto de I.C. quanto de monitoria, pois são programas que estimulam o desenvolvimento do pensar cientificamente e ajudam a iniciação do estudante na vida acadêmica produtiva. Dentro da área da Psicologia, onde ainda existe tanto a ser estudado e descoberto, e tanto conhecimento a ser publicado e divulgado, é de grande importância que os profissionais possam dedicar parte de seu tempo à estudos e produção científica, principalmente pelo fato de que publica-se pouquissimo na área de Humanas.

A experiência que venho tendo nesse ano na I.C. vem sendo extremamente enriquecedora e vem se aliando aos meus estudos como mais uma motivação estimuladora. A I.C. incentiva-nos a escrever mais, a ler mais, a aprofundarmos nossos conhecimentos, faz portanto, com que suba o nível do estudante para outro mais elevado, pois estimula e exige que se vá além do que é exigido pela faculdade no currículo comum a todos. É portanto, um diferencial. Todo o tempo dedicado ao projeto é recompensado ao você ver seu primeiro artigo pronto, produzido, resultado de todo seu esforço e empenho junto ao grupo de pesquisa.

Tive a honra de ter meu primeiro artigo publicado, pela Revista Humanae (V. 8, n. 2, 2014): "A família em mutação e o conflito temporal" foi o primeiro artigo inicial de embasamento teórico e bibliográfico para a pesquisa, sob orientação da Profª Marina Assis Pinheiro. Que seja o primeiro de muitos, pois tomei gosto pela área de pesquisa e espero continuar produzindo! 

- Resumo: A família é uma instituição normativa de valores iniciais à vida humana, que contribui inegavelmente na formação das subjetividades. Ao longo dos séculos, a família sofreu inúmeras mutações devido a diversas transformações sociais, que afetaram diretamente a constituição das formas familiares na contemporaneidade. Faremos um mapeamento da diretriz histórica da família e quais os principais fatores influenciaram tais mutações. Diante da gestão dos cuidados parentais, a queixa da “falta de tempo” é uma das mais frequentes, tanto do lado dos adolescentes quanto dos pais. Buscamos então investigar como essa distribuição entre tempo e trabalho vem sendo gerenciada nas famílias, focando no reflexo desse conflito no psiquismo em formação dos adolescentes. Visto que hoje a educação do jovem não conta apenas com a participação da família e da escola, mas também de outras instituições, como a mídia, a pesquisa será feita buscando investigar qual o discurso que a mídia apresenta diante desse contexto nas configurações familiares. O que propomos é a reflexão, visto que o tema trás diversos questionamentos, todos difíceis de obterem respostas fixas diante de um cenário em constante mobilidade.
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