A Psicologia Ambiental é um campo bem recente na esfera psicológica. Ela pesquisa o comportamento do Homem na sua relação com o meio ambiente, tanto o artificial quanto o natural. Dos anos 60 para cá vem surgindo estudos neste domínio, o qual interage com disciplinas como a sociologia e a antropologia urbana, ergonomia, desenho industrial, paisagismo, engenharia florestal, arquitetura, urbanismo e geografia, entre outras.
Ela está inserida, portanto, em uma organização interdisciplinar, pois abrange uma ampla área, que propicia a realização de pesquisas sobre os mais variados eventos. Assim, ela se vale de uma multi-metodologia. As diversas disciplinas que se unem no esforço da compreensão da estruturação do espaço físico na sua conexão com o Homem, abordam partes distintas deste conhecimento, constituindo o que internacionalmente se denomina de environment-behavior relation, traduzido em nosso idioma como relação indivíduo-ambiente.
Este campo da psicologia surge com o psicólogo Kurt Lewin, um dos pioneiros dos estudos deste ramo científico. Ele percebe a importância de que se reveste a interação do ser humano com o ambiente que o circunda. Ele tinha como meta precisar qual o poder que o ambiente exerce sobre o Homem, a conexão com ele concretizada, a maneira distinta dos indivíduos atuarem, reagirem e se estruturarem, de acordo com o ambiente em que vivem. Ele e outros estudiosos começaram a perceber o destaque que as questões ambientais passaram a ter no processo de simbolização coletiva.
De acordo com a Psicologia Ambiental, o meio ambiente é compreendido como uma soma das contexturas em que o Homem atua, desde sua moradia, até o local de trabalho, a escola, a rua, a natureza, etc. Elas influenciam mais a vida comportamental coletiva do que a individual.
Esta especialidade da psicologia revela em si pelo menos cinco princípios essenciais, os quais devem ser investigados por qualquer pesquisador que se interesse por este campo: perceber que se pode mudar o meio ambiente; este campo deve marcar sua presença em todos os eventos rotineiros da vida humana; o contexto ambiental e as pessoas devem ser vistas como algo único, interconectado; levar em conta que o ser age sobre o meio da mesma forma que este atua sobre a pessoa; e a pesquisa deve sempre ser realizada com a assessoria de outras disciplinas científicas.
Características gerais, aspectos metodológicos e campo de atuação
Algumas das características da Psicologia Ambiental são:
- Visão contextualizada do comportamento;
- Influência teórica e metodológica da Psicologia Social;
- Temas interdisciplinares;
- Aspecto multi-medotológico ;
- Possibilidades de "Pesquisa-ação".
O efeito do ambiente sobre o comportamento humano não é analisado de forma isolada ou unidirecional, considera-se o contexto em que ele ocorre. Enfatiza-se a relação recíproca, ou seja, tanto o ambiente influencia o comportamento, quanto é influenciado por ele.
O estudo da inter-relação entre ambiente e indivíduo, geralmente exige um trabalho cooperativo entre especialistas de diversas áreas do conhecimento. Dependendo do tema, pode-se trabalhar conjuntamente com engenheiros, arquitetos, biólogos, planejadores urbanos, professores, pedagogos, paisagistas, médicos, antropólogos, administradores, etc.
Considerando tanto o fato de ser interdisciplinar, quanto de ser ampla nos assuntos que trata, a psicologia ambiental não utiliza uma abordagem metodológica única. O que determina a escolha do método é o problema em estudo em cada situação.
O estudo da inter-relação entre ambiente e indivíduo, geralmente exige um trabalho cooperativo entre especialistas de diversas áreas do conhecimento. Dependendo do tema, pode-se trabalhar conjuntamente com engenheiros, arquitetos, biólogos, planejadores urbanos, professores, pedagogos, paisagistas, médicos, antropólogos, administradores, etc.
Considerando tanto o fato de ser interdisciplinar, quanto de ser ampla nos assuntos que trata, a psicologia ambiental não utiliza uma abordagem metodológica única. O que determina a escolha do método é o problema em estudo em cada situação.
No contexto da psicologia ambiental, o trabalho é orientado para um problema ou visa ajudar na resolução de algo prático. O modelo utilizado freqüentemente é o da pesquisa-ação, no qual o psicólogo tenta contribuir, ao mesmo tempo, para teoria e prática. A participação, avaliação e percepção dos usuários nos ambientes é sempre considerada como base para análise. A relação das pessoas com seu ambiente é fundamental para entender parte dos comportamentos humanos.
Considerando as relações comportamento / ambiente como foco, o campo de atuação da área torna-se amplo. Podendo-se dizer que qualquer relação humana em seu ambiente torna-se campo para a área.
Considerando as relações comportamento / ambiente como foco, o campo de atuação da área torna-se amplo. Podendo-se dizer que qualquer relação humana em seu ambiente torna-se campo para a área.
Quais os pré-requisitos para atuação nessa área?
Do ponto de vista formal e no Brasil, o Conselho Federal de Psicologia exige formação em psicologia para atuar como psicólogo. Entretanto, para atuar como psicólogo ambiental é necessário, ainda, uma boa formação metodológica e sólidos conhecimentos de pelo menos uma das áreas com as quais a psicologia ambiental interage.
Qual a relação da Psicologia Ambiental com outras áreas de conhecimento?
A Psicologia Ambiental mantém interface com áreas de estudo tais como a sociologia e antropologia urbana, ergonomia, desenho industrial, paisagismo, engenharia florestal, arquitetura, urbanismo e geografia, entre outras. Estas áreas têm em comum com a psicologia ambiental o estudo da relação recíproca entre o comportamento humano e o ambiente físico e/ou natural.
Para saber mais, vide Günther & Rozestraten (1993) e Günther (2003).
Para mais informações, veja as páginas com as Publicações
e Bibliografias,
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Bibliografias de Psicologia Ambiental
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