Psicologia e Acupuntura

segunda-feira, 16 de julho de 2012 | 16:49 | Por Comente!
A acupuntura é uma técnica chinesa cientificamente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como eficiente tratamento de diversas enfermidades, é uma abordagem terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), que é utilizada como recurso adicional ao acompanhamento psicoterapêutico, também para tratar diversos distúrbios orgânicos e dores manifestas. Utilizando agulhas, a técnica trabalha os pontos específicos do corpo de modo a obter efeito terapêutico em diversas condições de enfermidade, restabelecendo o equilíbrio da saúde e harmonia da pessoa.

Na prática terapêutica da MTC não são utilizados os conceitos diagnósticos da medicina convencional ocidental, uma vez que se busca o estabelecimento harmônico entre as energias YIN e YANG. Sendo os estados patológicos, físico ou psíquico, desarmonias entre estes dois padrões de manifestação energética, que podem advir fatores externo e ou interno à pessoa.

A maioria dos estados de doenças é o resultado da permanência da pessoa por um longo período de tempo numa condição psicológica conflituosa ou inadequada a sua resiliência. Há ainda, outras manifestações de distúrbios orgânicos associados a uma condição inadequada do estilo de vida saudável, (tabagismo, álcool, drogas ilícitas, consumo inadequado de medicações...), alimentação inadequada (condimentadas, gordurosas, excessivamente temperadas, consumo abusivo de carnes,...) e sedentarismo. E um índice menor de patologias associadas a questões genética/ hereditária.

Na prática clínica da acupuntura as técnicas comumente utilizadas são:
- Acupuntura Sistêmica – aplicação feita pelo corpo
- Acupuntura Koryo Sooji Chim – aplicação feita nas mãos
- Acupuntura Auricular – aplicação nos pavilhões auriculares (orelhas)

Utilizando recursos como: Eletroacupuntura; Laseracupuntura; Moxabustão; Fitoterapia; Magnetoterapia; Agulhas adequadas para cada técnica; Esferas de prata, ouro e Cristais Radiônicos; e outros.

Aplica-se a Acupuntura em tratamentos para: depressão, ansiedade, angustia melancolia, maus efeitos do estresse, insônia, bruxismo (ranger de dentes), medos, irritabilidade, síndrome do pânico, enxaquecas, TPM, LER, lombalgias, constipação, alterações da menopausa, gastrite, tiques nervosos, ejaculação precoce, entre outras conforme publicação recente:

 “A acupuntura chinesa pode tratar 461 doenças, a maioria delas relacionada ao sistema nervoso, segundo uma pesquisa realizada por especialistas do país oriental e publicada hoje pelo jornal oficial “China Daily”. (fonte Folha Online 08/Jun/2010)

Sobre a prática do Psicologo Acupunturista:

A Acupuntura foi reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em 2002, sob a Resolução de nº. 005/2002, “como recurso complementar no trabalho do psicólogo, observados os padrões éticos da profissão e garantidos a segurança e o bem-estar da pessoa atendida” (art 1º)
“O psicólogo poderá recorrer à Acupuntura, dentro do seu campo de atuação, desde que possa comprovar formação em curso específico de acupuntura e capacitação adequada, de acordo com o disposto na alínea “a” do artigo 1o do Código de Ética Profissional do Psicólogo” (art 2º)

Resolução nº 005/2002 no Conselho Federal de Psicologia:

A Importância do conhecimento da acupuntura pelo profissional de Psicologia: aplicações junto aos transtornos psicológicos.

Ao se considerar as publicações envolvendo as diferentes formas de tratamento das manifestações depressivas, constata-se um grande interesse de pesquisadores da área de Psicologia em investigar a efetividade da terapêutica com acupuntura em relação a tais desordens e a outras, de natureza eminentemente emocional. Eich et al. (1999) mostraram a eficácia da acupuntura no tratamento de episódios depressivos e ansiedade generalizada por meio do agulhamento.

White (2000) escreveu um interessante artigo, na prestigiosa revista americana "Professional Psychology: Research and Practice", intitulado Psicologia e Medicina Complementar e Alternativa. Ao longo do texto, a autora discorre sobre a importância de os psicólogos conhecerem e estudarem cientificamente as abordagens alternativas, como a acupuntura, a homeopatia, a medicina ayurvédica e a naturopatia, pois estatísticas mostram que, em 1997, 42% da população americana utilizou um tratamento não convencional, e, dentre as patologias mais suscetíveis a tais terapêuticas, encontram-se a dor nas costas, a ansiedade, a depressão e as dores de cabeça; há que se considerar que principalmente a ansiedade e a depressão são patologias prioritariamente tratadas por psicólogos. Assim, a referida autora conclui que, possivelmente, os pacientes estão tanto fazendo terapia psicológica junto a uma prática não convencional quanto substituindo a terapia por práticas alternativas.

Lanza (1986) mostrou que a combinação da acupuntura com o biofeedback é duas vezes mais efetiva que apenas o biofeedback na redução da ansiedade e tensão muscular.

Estudos americanos têm demonstrado que pessoas com diagnóstico de doenças como síndrome do pânico e depressão são as que mais utilizam técnicas alternativas para o tratamento, muitas vezes sem o conhecimento do terapeuta, embora relatem melhoria em seus sintomas. Existe a dificuldade em avaliar experimentalmente, com métodos quantitativos, tais técnicas, principalmente porque, em muitas dessas técnicas, a força curativa advém da relação entre terapeuta e paciente. Além disso, estudos sérios a respeito da utilização de abordagens alternativas, na maioria das vezes, são publicados em veículos específicos, gozando, normalmente, de menor credibilidade que os jornais científicos para os profissionais da Medicina e da Psicologia.

O atual crescimento e demanda por práticas alternativas, além da intensa focalização na espiritualidade, nas sociedades pós-modernas, têm levado os psicólogos a repensarem o seu próprio trabalho, o que, segundo Daw (2002, p.24), "é um exemplo do contínuo crescimento e evolução da Psicologia enquanto uma profissão da saúde".

SOBRAPA

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