Em São José dos Campos, são 23.774 moradores com mais de 70 anos |
Mesmo com voto facultativo, eles consideram pleito exemplo de cidadania. Em São José, são mais de 23 mil moradores acima dessa idade.
No Dia do Idoso, o G1 foi às ruas de São José dos Campos, no interior de São Paulo, ouvir de eleitores com mais de 70 anos qual é o significado do voto. Mesmo sem a obrigação de votar, eles consideram o próximo domingo (7) um dia para colocar em prática a cidadania.
Mariana Gertrudes e Yaica Hoyer tem mais de 70 e fazem questão de votar |
Yaica Hoyer, de 75 anos, diz que vota desde os 18 anos e que desde que tirou o título de eleitor participou de todos os pleitos. "Mesmo sem obrigação, eu tenho direito de votar e escolher os bons para governar", diz.
Mariana Gertrudes da Silva, também de 75, afirma que exerce o direito de voto com prazer. "Além de participar da escolha, o voto para mim é uma ferramenta de cobrança. É por meio dele que conseguimos melhorias para nossa cidade".
Com 80 anos, Rosa de Jesus Batista nem se lembra de quando começou a votar, mas diz que desde que tirou o título de eleitor não perdeu nenhuma eleição. Para ela, o voto de todos os eleitores é fundamental. "Um voto faz falta no final, um voto faz falta e pode decidir uma eleição. Eu acho muito importante votar", explica.
Na próxima quinta-feira (4), a idosa Lady Macedo Tavares completa 78 anos e faz questão de entrar na cabine de votação. "É importante não só para eleger pessoas de valor para o governo, mas também para dar exemplo para os mais novos", afirma.
Pela legislação, o voto é obrigatório para os cidadãos brasileiros alfabetizados com idades entre 18 e 70 anos. Adolescentes de 16 e 17 anos, analfabetos e maiores de 70 anos têm voto facultativo.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, no Brasil são cerca 10 milhões de pessoas com mais de 70 anos e que podem optar por votar ou não. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em São José, são 23.774 moradores com mais de 70 anos.
Quem é obrigado a votar e não comparecer às urnas por três eleições consecutivas (cada turno é considerado uma eleição) pode ter o título cancelado. Sem o documento, o eleitor fica impedido, por exemplo, de fazer empréstimos em instituições financeiras governamentais, tirar passaporte e tomar posse em cargos públicos.
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