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Vasily Grossman
Em que consiste o bem? Em que consiste a bondade? O que as diferencia? “Existirá um bem universal, aplicável a todas as pessoas, a todas as tribos, a todas as situações da vida? Ou será que o meu bem está no mal para ti, o bem do meu povo está no mal para o teu povo? Será o bem eterno, imutável, ou o bem de ontem torna-se o mal de hoje, enquanto o mal de ontem se torna o bem de hoje?” É o que é questionado em “Vida e Destino”, de Vasily Grossman. Segundo reflexões provocadas por Vasily, a noção de “bem” vem sendo reduzida quando o bem é particular, pertencente a algum grupo, perdendo, assim, o caráter universal.

Sendo assim, surgem vários “bens particulares”, o bem para os cristãos, o bem para os muçulmanos, o bem para os judeus... Há o bem dos ricos e dos pobres, dos brancos e dos pretos, e assim por diante... De fragmentação em fragmentação, o bem surge dentro de um grupo, separado dos diferentes, seja pelo critério que for – raça, classe, religião, etc. E o Outro – qualquer um que estiver “fora do círculo fechado” desse grupo – já não é mais abrangido por esse bem. Os que lutam pelo seu bem particular, tentam passar-lhe um caráter de aparência universal, afirmando que “seu bem” é o necessário para todos.
Martin Buber (1878-1965) nasceu em Viena, Áustria. Mais pensador do que filósofo acadêmico, também escritor, jornalista e pedagogo, de origem judaica, foi um respeitado teólogo que pregava o diálogo. Sua obra mais densa e bela foi "Eu e Tu" de 1923, que é a chave de todas as suas outras obras. Sua filosofia do diálogo - da relação - ponto central de toda a sua reflexão, tanto no campo da filosofia ou dos ensaios sobre religião, política, sociologia e educação, atingiu sua expressão madura e completa justamente em Eu e Tu.
A psicologia  se consolidou, ao longo do século XIX, como uma vertente filosófica; neste período ela estudava tão somente o comportamento, as emoções e a percepção. Vigorava então o atomismo – buscava-se compreender o todo através do conhecimento das partes, sendo possível perceber uma imagem apenas por meio dos seus elementos. Em oposição a esse processo, nasceu a Gestalt – termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência.