A esmagadora maioria das pessoas que buscam psicoterapia (e principalmente das que não buscam), vê o psicólogo como um tipo de médico: detectado o problema/doença, vai a um profissional que saberá dizer o que está acontecendo e apresentar soluções, de modo a eliminar o problema com a maior eficácia possível.
Alguns entendimentos surgem dessa transposição direta do modelo médico para o psicológico: primeiro, que os problemas psicológicos são doenças, e devem ser eliminados de forma rápida e objetiva; segundo, que a solução para esses problemas é externa à pessoa, e está nas mãos de um profissional que conheceria o seu funcionamento mais do que ela própria; terceiro, que sendo os problemas psicológicos doenças, aqueles que não estão doentes não teriam motivos para buscar uma psicoterapia.
Todas essas idéias estão equivocadas.