Nesse ano de 2014, quando estava cursando o 5º período do curso, me inscrevi e consegui vaga na extensão acadêmica de Iniciação Científica (I.C.), para aprender a fazer pesquisas e escrever artigos científicos. Foi meu primeiro trabalho ligado à pesquisa científica e pela experiência, recomendo a todos os estudantes de graduação procurarem se informar melhor em suas faculdades sobre os programas de extensão oferecidos, tanto de I.C. quanto de monitoria, pois são programas que estimulam o desenvolvimento do pensar cientificamente e ajudam a iniciação do estudante na vida acadêmica produtiva. Dentro da área da Psicologia, onde ainda existe tanto a ser estudado e descoberto, e tanto conhecimento a ser publicado e divulgado, é de grande importância que os profissionais possam dedicar parte de seu tempo à estudos e produção científica, principalmente pelo fato de que publica-se pouquissimo na área de Humanas.
Nós precisamos falar sobre o Kevin. Precisamos mesmo? Precisamos. Kevin é o pesadelo em forma de filho, é um jovem capaz de inspirar os piores receios sobre a maternidade: é malcriado, agressivo, dissimulado, grosseiro. Kevin é um caso sério, realmente precisamos falar sobre ele. Mas como? Lendo análises sobre o filme, me perguntei sobre o quanto buscamos a razão de tudo. Dar uma explicação para o inexplicável nos deixará mais seguros? Explicar? Não temos aqui essa pretensão. Por agora, vamos compartilhar diversos olhares e reflexões para provocar em cada leitor a vontade de assistir ao filme.

Esse filme é um drama de fato impactante e perturbador, que promove um mergulho no submundo da relação conturbada de uma mãe com um filho que ela nunca desejou ter e que por conta disso, não sabia como amá-lo. Adaptado do romance de Lionel Shriver, o filme é uma experiência dilacerante e impossível de apagar da mente depois de encerrada a sessão. A intensa experiência de assistir ao longa vai acompanhá-lo por dias, mesmo semanas depois de vê-lo.

Eu tinha um cachorro preto,
seu nome era Depressão
"Eu tinha um cachorro preto" é uma animação produzida e publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em parceria com o escritor e ilustrador Matthew Johnstone, para a reflexão sobre a depressão, que mostra através de metáforas (mas de forma simples e direta), o que é a depressão; e o mais importante: como é possível lidar com ela.

Atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro e não tem preconceito: homens, mulheres, crianças, velhos, jovens, ricos e pobres, todos podem ser afetados.
A Bioenergética estuda a transformação da energia obtida dos nutrientes em trabalho para consequentes fenômenos bioquímicos, mecânicos e térmicos; Constitui um dos principais blocos da Fisiologia e da Biofísica, onde, em termos mais Fisiológicos, "se estuda a transdução de energia que ocorre em células vivas e na Natureza, e os processos químicos que fundamentam essas transduções." Mas o que isso quer dizer? Como as energias corporais podem ser associadas as terapias psicológicas?

Para simplificar: Bio significa vida. Em termos mais biológicos, podemos afirmar que a Bioenergética significa a energia da vida. A compreensão daquilo que significa “energia” e da forma como o organismo a pode adquirir, converter, armazenar e utilizar, é a chave para compreender o funcionamento orgânico...
Hoje, 27/08 é o dia do Psicólogo! É, então, dia de parabenizar a todas que exercem a profissão com responsabilidade e a todas que pretendem fazê-lo! Gratidão a todas que contribuem social e cientificamente, indo além da mera reprodução da prática. Que não deixemos de respeitar os velhos conhecimentos, incorporando-os dentro dos novos contextos e das novas realidades que surgem, sem deixar de questiona-los e compartilhá-los de forma crítica.

São todos os diálogos – e dialéticas – que nos formam e nos transformam, que nos afetam – muito além de teorias  – como sujeitos passados, presentes e futuros, (re)significando, todo santo dia, essa semente de paixão, saber e ética. Que esse dia e essa semana representem a nossa (des)construção! À nossa missão, a nossa honra e a nossa utopia!
Há muito tempo, o filósofo Descartes acreditava ter alcançado uma das verdades mais fundamentais ao proclamar: "Penso, logo existo." No entanto, será que podemos mesmo equiparar toda a nossa identidade de Ser, ao pensamento? 

Eckart Tolle, autor de "O Poder do Agora", dizia que os pensamentos, as emoções, as percepções sensoriais e tudo o que sentimos formam o conteúdo de nossas vidas, e que tendemos a acreditar que nossa identidade vem do que chamamos de "minha vida". Porém, nós - nossa essência - não é o que acontece na nossa vida, não tem nada a ver com o conteúdo dela. 

O pensamento é apenas mais um dentre os outros sentidos da percepção existentes. Em cada ser humano existe uma dimensão de consciência bem mais profunda do que o pensamento. E não estou falando apenas do inconsciente, que também é uma camada mais profunda além do pensamento consciente. Estou falando do que podemos chamar da essência de quem você é, uma consciência que está por trás, livre de condicionamentos

Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que fala o tempo inteiro e pretende ser você, percebe que, de forma inconsciente, você vem se identificando com a correnteza do pensamento. Quando percebe isso, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe.

Se você consegue reconhecer, mesmo que esporadicamente, que os pensamentos que passam por sua cabeça são meros pensamentos - que nem sempre são verdade -, pois as vezes pensamos que alguém é de uma forma que ela na verdade não é, assim como os outros constantemente pensam coisas a seu respeito que não condizem com você... Se você conseguir se dar conta dos padrões que se repetem em suas reações mentais e emocionais, é sinal de que essa dimensão de consciência por trás do pensamento está emergindo.

A mente humana tem um imenso desejo de saber, de compreender e de controlar, por isso confundimos opiniões e pontos de vista com a verdade. É preciso ir além dos seus pensamentos para perceber que, ao interpretar "sua vida", ou a vida e o comportamento dos outros, ao julgar qualquer situação, você está expressando apenas um ponto de vista entre muitos outros possíveis. Nossas opiniões e pontos de vista não passam de um amontoado de pensamentos, a realidade é outra coisa. Ela é um todo unificado em que todas as coisas se interligam e nada existe por si só. Pensar fragmenta essa realidade, corta-a e distorce-a em pequenos pedaços, em pequenos conceitos.

Como dizia Tolle, "Qualquer tipo de preconceito mostra que você está identificado com a mente pensante. Mostra que você não está vendo o outro ser humano, está vendo apenas seu conceito sobre aquele ser humano. Reduzir uma pessoa a um conceito já é uma forma de violência." (Tolle, Eckhart. p. 27)

Por isso, vigia teus pensamentos. Pratique como exercício não levar seus pensamentos tão a sério. A corrente do pensamento tem uma enorme força - quase constante - que pode levar você muito facilmente, numa maré de sofrimentos e preocupações desnecessárias. Cada pensamento tem a pretensão de ser extremamente importante pra você, cada pensamento quer sugar sua atenção completamente.

Não encontramos paz reorganizando os fatos de nossas vidas, mas descobrindo quem somos no nível mais profundo. A realização pessoal significa saber quem você é - essencialmente além da superfície do "eu" - além do nome, do tipo físico, da sua história. A mente pensante é uma ferramenta útil e poderosa, mas torna-se muito limitadora quando invade completamente nossas vidas, impedindo-nos de perceber que a mente por si só é apenas um pequeno aspecto da consciência que somos.

E o pensamento é um pequeno aspecto da mente que realiza inúmeros processos sem que precisemos pensar a respeito. Você não precisa pensar para respirar, para se curar e para que o seu corpo funcione corretamente. São todos processos que não precisam passar pelos pensamentos para serem como são.

"A vida da maioria das pessoas é conduzida pelo desejo e pelo medo. O desejo é a necessidade de acrescentar algo a você para ser mais plenamente você mesmo. Todos os medos são medo de perder alguma coisa e, portanto, tornar-se menor, ser menos. Esses dois movimentos nos impedem de perceber que Ser não é algo que possa ser dado ou tirado. O Ser em sua plenitude já está dentro de você. Agora." (Tolle, Eckart. p. 64)

Com que facilidade você fica aprisionado nas armadilhas de seus pensamentos? Quantas vezes se preocupa exageradamente com situações que se resolvem naturalmente? Como dizia um antigo proverbio budista, "Se não tem remédio, porque te queixas? E se tem remédio, porque te queixas?"

Até o tédio pode te ensinar quem você é e quem não é!
Você descobre que não é uma "pessoa entediada". O tédio é simplesmente um movimento de energia condicionada dentro de você. Igualmente, você não é uma pessoa irritada, triste ou medrosa. O tédio, a raiva, a tristeza e o medo não são "seus", não fazem parte da sua pessoa. São estados da mente humana, e por isso, vão e voltam. Observe esse movimento. Nada daquilo que vai e volta é você.
"Estou entediado." Quem sabe disso?
"Estou irritado, triste, com medo." Quem sabe disso?
Você é a pessoa que sabe disso. Você não é seus sentimentos.

O próximo passo na evolução humana é transcender o pensamento. Isso não significa que não devemos mais pensar, mas aprender a utiliza-lo, sem ser dominado por ele.
Não sabe como fazer isso? Não sabe como desligar a voz na sua cabeça? Não consegue silenciá-la? 

Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independente dos seus pensamentos e sentimentos. Sinta essa energia interior do seu corpo, imediatamente o ruído mental diminui. Sinta a energia nas mãos, nos pés, no ventre, no peito. Sinta a vida que você é, a vida que movimenta seu corpo. Medite nessa vida. Dessa forma, o corpo se torna uma porta aberta para uma noção mais profunda da vida que existe debaixo das nossas emoções flutuantes e de nossos pensamentos.

Isabela França

Referências: O Poder do Silêncio, Eckhart Tolle, Editora Sextante, 2005.

Psicanalista defende que deveríamos nos preocupar em tornar interessante nossa vida de todo dia. Isso implica ter curiosidade, aventurar-se, arriscar mais, lamentar menos e não se proteger das inevitáveis tristezas. Mais do que buscar permanentemente felicidade máxima, um arrebatamento mágico, deveríamos nos preocupar em tornar interessante nossa vida de todo dia.

É o que defende o doutor em psicologia clínica e psicanalista Contardo Calligaris. Uma rápida olhada em sua biografia mostra que ele não só prega como pratica. Italiano de Milão, depois de mais de duas décadas em conexão direta com o Brasil, já morou também na Inglaterra, Suíça, França e nos Estados Unidos e fez muitas viagens.

Aos 65 anos, atingiu a marca de oito casamentos - desde 2011, está com a atriz Mônica Torres - e teve um filho francês. Além de atender no seu consultório, nos Jardins, em São Paulo, já escreveu mais de dez livros, incluindo dois romances.

Criou até uma série para TV, Psi, no canal a cabo HBO. Diz que, semanalmente, abre mão de "parecer inteligente aos olhos dos pares" e publica toda quinta-feira uma coluna no jornal Folha de S.Paulo. Mais de 100 delas estão no livro Todos os Reis Estão Nus (Três Estrelas). Filmes, fatos, casos de amigos, tudo vira pretexto para traduzir um pouco das teorias da psicanálise, filosofar e provocar reflexão. "Não sou de dourar a pílula", avisa. Não estranhe, portanto, se sentir um impulso diferente ao terminar de ler esta entrevista.

A "Psicologia Positiva" é um movimento científico cujo foco é o estudo das emoções positivas, com métricas para mensurá-las e seus efeitos em nosso comportamento e em nosso dia a dia. Não se trata de bloquear os eventos negativos, como se não existissem, mas uma forma de exercê-las é tornar positivo cada gesto, palavra ou ação que assim puder ser. Infelizmente, muita gente ainda não sabe como exercer, de fato, essas emoções.

Vivemos na era do imediato, do prazer instantâneo, e isso pode afetar não só a forma como vivemos as experiências positivas mas a maneira como encaramos as ruins. Assim como queremos, e rápido, aquilo que nos faz bem, tendemos a não tolerar o contrário, o que nem sempre é possível. Essa falta de autocontrole leva-nos a baixa tolerância à frustração, o que pode ser um problema. Comportamentos impulsivos estão intimamente ligados a esse tipo de situação, tanto para buscar, incondicionalmente, o prazer, quanto para afastar o mal-estar...