Entendo mesmo não concordando

terça-feira, 9 de julho de 2013 | 21:00 | Por 1 comentário
O que eu fui ontem, hoje posso não ser... A inconstância apareceu em minha vida e foi ficando cada vez mais próxima a mim, hoje a cito como uma das características da minha personalidade. Sou uma inconformada com a realidade, não costumo aceitar estagnações, pois questionar é fundamental.

Esses anos de faculdade estão me proporcionando o desenvolvimento, além do meu lado mais humano, o mais crítico me ensinando que não existe nada que não tenha explicação, sempre haverá algo para ser investigado e descoberto, mesmo que essas indagações venham de dentro de você.

Você já parou para refletir sobre quais são seus sonhos? Aliás, em sua vida ainda há espaço para sonhar? Comecei a me questionar e encontrei respostas que me permitiram entender a vida, mas não a aceitar; aceitar, mas não concordar; não aceitar e nem concordar.

Compre, ganhe, consuma, ignore, pare, não, finja. Você aceita? Sonhe, faça, conquiste, essencial, ouça, reflita, leia, questione, sinta, permita-se. Entende?

Não entendo porque você ainda joga o papel da bala no chão ou a lata pelo vidro do carro, mas também não aceito. Concordo que todos têm o direito de expressar sua opinião, mesmo eu discordando desta. Aceito que você queira manter-se nessa posição confortável de passividade, mas sinceramente, não entendo.
Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir. (Michel Foucault)
Depois de algum tempo você percebe que está diferente; seu ciclo de amizade agora é preenchido por pessoas que sonham e que pensam no futuro, mas um futuro tão presente quanto suas decisões que definirão seu futuro presente, ou seu presente futuro. Você compreende as diferenças inatas dos que o cercam e, aprende a lidar com elas utilizando a sabedoria que nem imaginava existir dentro de você.

Aprendi a escutar, mas escutar as palavras vazias, as poucas, muitas, exageradas; aprendi a enxergar o silêncio da inquietude. O desequilíbrio me possibilitou ampliar minhas experiências, as quais me levaram a reconhecer meus próprios limites e, a ouvir o silêncio gritar dentro de mim.

Vou confessar que às vezes não me entendo, mas acabo concordando e em outras concordo mesmo não querendo aceitar. Você pode até me entender, mesmo discordando. Porém pode não entender e também não aceitar. Mas se me permite a invasão, sonhe, questione-se e reflita sempre que possível.

Texto por Shayene Mariano
Fonte: Psicoque?
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Um comentário:

  1. Muito bom o texto Isabela.
    A passividade dos jovens hoje me causa estranheza, parece que são mais tímidos.
    Questionar pode ser o caminho.
    Sucesso

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