Inteligência Emocional

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014 | 13:08 | Por 3 comentários
A "inteligência emocional" é descrita por Daniel Goleman como capacidade de ter consciência de seus sentimentos e de saber usá-los, capacidade de gerenciar seu temperamento, ser otimista e solidário, e conseguir empatia com os sentimentos de outras pessoas. É elevado então, o conceito de "maturidade emocional", em oposição a inteligência mensurada pelos testes de QI, derrubando-se o mito da genialidade intelectual.

Já o termo "inteligência emocional" foi cunhado por Peter Salovery e John Mayer, da Yale University. Eles definem cinco áreas de abrangência da inteligência emocional:
  • Conhecer as próprias emoções - trata-se de reconhecer a emoção que se está sentindo e saber qualificá-la corretamente;
  • Administrar as emoções - aprender a ser capaz de adequar a energia da emoção para entrar em conformidade com o momento, qualidade e intensidade da emoção;
  • Motivar a si próprio - é a habilidade de conter emoções e reter impulsos para alcançar objetivos e manter-se confiante e otimista mesmo frente a situações adversas;
  • Reconhecer emoções em outras pessoas - a chave para intuir as emoções alheias é a habilidade para ler as mensagens não verbais, como olhar, expressão facial, tom de voz, etc;
  • Manejar relacionamentos - quando duas pessoas interagem, a direção do estado de humor de uma passa para a outra pessoa. A sincronia das emoções determina se uma relação está indo bem ou não. Emoções não só comunicam como também contagiam o estado de humor de outra pessoa.
De acordo com Dalgalarrondo, a inteligência emocional "diz respeito ao conjunto de capacidade relativas ao processamento de informações emocionais." As várias definições de inteligência emocional incluem habilidades como autoconsciência emocional, empatia, consciência emocional do outro, capacidade de utilizar emoções para fazer julgamentos, capacidade de administrar conflitos, habilidade de construir laços de trabalho e trabalhar em equipe...

Essa ideia tem sido muito difundida de forma leiga pelo senso comum, com definição bastante frouxa e excessivamente abrangente, incluindo qualidade humanas diversas como flexibilidade, resiliência, confiabilidade, assertividades e compaixão.

A Teoria da Inteligência Emocional surge criticando a concepção "unitária" de inteligência, juntamente da Teoria das Inteligências Múltiplas. Nesse sentido, com a evolução histórica do conceito de inteligência, é possível, na atualidade, percebê-la como a capacidade humana de solucionar problemas de diversas ordens: afetiva, volitiva e cognitiva.

Portanto, a problemática a ser solucionada, por exemplo, pode ser compreendida do ponto de vista afetivo, como resolver uma dificuldade de relacionamento de forma satisfatória para as partes envolvidas na relação. De ordem volitiva, solucionar um conflito intrapessoal, que envolve desejo e prazer. E, finalmente, de origem cognitiva, desde a busca pela satisfação das primeiras necessidades, primitivas e elementares, passando pela "inteligência senso-motora", domésticas e cotidianas, ou "inteligência prática e simbólica", até a resolução de um algorítimo, que se configura em um "conjunto das regras e dos procedimentos lógicos que levam à solução de um problema lógico-matemático".

Enfim, a inteligência humana não significa apenas uma representação de alguma atividade mental humana ou a capacidade de executá-la. É um conceito amplo e diversificado que abrange não apenas funções cerebrais, porém o funcionamento de toda estrutura corpora e psicológica do ser humano.

Referência: Revista Científica FacMais, Volume III, Número 1. Ano 2013/1º Semestre. 
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